mercoledì 13 aprile 2016

Entrevista com a Profa. Dra. Paola Baccin, da USP, sobre o projeto Dire, Fare, Partire!

       Uma ideia. Uma equipe. Um projeto.

     25 mil fãs no facebook e mais de 2 milhões de acessos no portal e-aulas da USP.
     Assim se resume em poucos números e palavras o projeto  Dire, Fare, Patire!, uma produção do  Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Italianas e da Área Didática em Língua e Literatura Italiana da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo em parceria com o Departamento de Mídias Digitais da USP, que começou com a intenção de elaborar um conteúdo para servir de material de apoio para os estudantes brasileiros de língua italiana e que se tornou referência para quem quer aprender o idioma. Em pouco tempo, o conteúdo rompeu as barreiras da sala de aula e chegou até os estudantes que, por qualquer motivo, não podem frequentar um curso de língua italiana.
     Não é difícil receber a indicação do projeto, lançado em outubro de 2014, quando queremos conhecer novos métodos e materiais para aprender italiano. As diversas etapas do programa estão relacionadas às disciplinas da habilitação em Língua Italiana do curso de Letras da USP.
     Hoje o Blog Destino: Itália! entrevista a Profa. Dra. Paola Baccin, coordenadora didática do Dire, Fare, Partire!, que nos conta como nasceu o programa e as novidades que estão por vir. Confira!

  

    Blog Destino: Itália!: Como surgiu o projeto Dire, Fare, Partire?
     Profa. Dra. Paola Baccin: Dire, Fare, Partire nasceu da necessidade de elaborar um material didático específico para o aluno brasileiro. Professores e alunos brasileiros conhecem bem as dificuldades específicas desse processo, no entanto, nem sempre essas dificuldades são sistematizadas e estudadas de modo a compor, como resultado final, um material didático que as contemplem, sobretudo nos níveis iniciais. Há elementos da língua e da cultura italiana que, para o aluno brasileiro, que não tem a oportunidade de conviver com italianos ou de estar em locais na própria Itália, são muito mais difíceis de serem compreendidas. O recurso audiovisual, desenvolvido pela equipe do Departamento de Mídias digitais da USP, permite aliar o conhecimento pedagógico e didático de ensino de italiano para estrangeiros a uma linguagem dinâmica, estudada para ser acessível, agradável e, assim, a atingir o público de maneira ampla e eficaz. 

   EQUIPE que está realizando a segunda temporada e sem a qual nada seria possível: 
   Sandra Gazzoni: doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Italiana - USP, colaboradora e atriz da série.
   Darius Emrani: doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Italiana - USP, colaborador e ator da série.
   Quelany Vicente: formada no Curso Superior de Audiovisual da Escola de Comunicações e Artes da USP e pós-graduada em Guión de cine iberoamericano da FIA – Espanha. Diretora, co-criadora e co-roteirista.
    Fernanda Frasca: formada no Curso de Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da USP. Produtora.
    Thaisa Oliveira: formada no Curso Superior de Audiovisual da Escola de Comunicações e Artes da USP, diretora de fotografia.
   Tatiana Otaka: formada no Curso Superior de Audiovisual da Escola de Comunicações e Artes da USP, diretora de arte.

     BDI: Sabemos que o Dire, Fare, Partire já chegou na Itália e que uma parte do material foi produzida aqui. Qual a importância deste passo para o projeto?
     PB: Na primeira temporada (Dire, Fare, Partire!) acompanhamos Tarcísio, um jornalista brasileiro, que se prepara para ir à Itália. Na segunda parte, Tarcísio vai a Bologna e vive, situações de interculturalidade e de uso da língua real. Essa parte foi planejada e roteirizada pela equipe de áudio visual de maneira independente, com ajuda de um financiamento coletivo, com apoio da FIBRA, da Universidade de Bologna, do Centro Culturale Italiano (CCI) de Atibaia e da FFLCH-USP. A equipe captou cerca de 14 horas de material em vídeo, em que Tarcísio vive situações do cotidiano italiano em Bologna e documentários sobre a Universidade de Bologna, a Universidade mais antiga do mundo; por meio da inestimável colaboração da Professora Carla Salvaterra pudemos realizar gravações no Arquiginásio, o primeiro prédio universitário do mundo e sua sala anatômica; em museus da universidade e realizar um episódio sobre a Cineteca de Bologna. A equipe doou esse material captado para a USP que, agora, conta com um rico material em vídeo que será didatizado, complementado com explicações teóricas, editado e finalizado.A didatização desse material ajudará o aluno brasileiro a se aproximar dos problemas reais de comunicação intercultural de um brasileiro na Itália, não apenas de maneira teórica, mas, pela observação, compreender o mecanismo de conhecer a si mesmo para conhecer o outro.
     BDI: O Brasil é um país que recebeu um imenso número de imigrantes italianos que fincaram suas raízes nestas terras e tiveram seus filhos aqui, sobretudo no Sudeste e no Sul do país. Sabendo que a tradição italiana faz parte da nossa realidade, como a cultura da Itália, e sobretudo o idioma italiano estão relacionados com a vida do brasileiro, em sua opinião?
      PB: Escolhemos Tarcisio e Marcelo como nossos protagonistas pensando em representar os descendentes de italianos que além de estudar o idioma por motivos de trabalho, buscam conhecer melhor as próprias origens. Tarcísio é neto de italianos do Veneto (por parte de pai) e da Basilicata (por parte de mãe) e aos poucos vai descobrindo a história de sua família com ajuda de Elisa, sua amiga de Bologna. Na série percebemos que há muitas semelhanças entre a cultura brasileira e a italiana, mas há, sobretudo diferenças, inclusive fruto da adaptação da cultura italiana no Brasil. Tarcísio descobrirá isso, na Itália, na segunda temporada, com ajuda de Elisa, de seu primo italiano e pela sua observação.
     BDI: A fanpage do projeto conta com mais de 24 mil curtidas -ou, como dizemos em italiano, “mi piace”! Quando o Dire, Fare, Partire foi criado, já se esperava este alcance e sucesso? Como tem sido o retorno dos estudantes e dos seguidores?
      PB: O material foi elaborado, primeiramente para os alunos que estudam italiano, como material de apoio, como uma alternativa ou complementação ao livro didático utilizado na sala de aula, com mediação de um professor.
   Para nossa surpresa e alegria, percebemos que muitas pessoas que tinham o interesse na língua italiana, mas que não tinham oportunidade de frequentar o curso, começaram a utilizar o material para autoaprendizagem. O portal eaulas registrou até fevereiro desse ano mais de 2 milhões e 200 mil acessos e nossa página chegou a 25.000 seguidores.
Esperamos que o material possa ajudar a todos a ter o primeiro contato com a língua italiana e por isso também, procuramos manter a nossa página Facebook atualizada com notícias e curiosidades sobre a língua e sobretudo sobre a cultura italiana.
     BDI: Quais são os próximos passos e o que podemos esperar da continuação do programa?
      PB: O sucesso do material nos estimula sempre a continuar. A meta prevista na campanha do financiamento coletivo era o de realizar 6 vídeos, realizamos 16 vídeos, trabalhando muito mais horas do que havíamos previsto. Toda a equipe estava muito motivada e não queria perder a oportunidade de realizar o máximo com o mínimo de recursos que tínhamos à disposição.
   Agora estamos fazendo a edição dos vídeos, mas precisamos buscar mais financiamentos, porque a edição prevista de 6 vídeos teve de ser redimensionada para 16 vídeos.
   Ao mesmo tempo estamos elaborando as apostilas, os exercícios online e faremos uma experiência de utilização desse material em um curso à distância mediado por um tutor e futuramente esse curso será realizado com parecerias das Universidade Federais que também têm cursos de língua e literatura italiana.
   Agradeço muito a oportunidade de apresentar o nosso trabalho e em nome de toda a equipe convido-os a conhecer o tutorial, clicando aqui.


     Todo o material do projeto Dire, Fare, Partire! é gratuito. Para acessar o site, clique aqui.
     Agradecemos à Profa. Dra. Paola Baccin por tão gentilmente nos conceder esta entrevista. 

     Arrivederci!

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