sabato 23 luglio 2016

Como redigir um currículo na Itália

     Quem está à procura de uma oportunidade de trabalho na Itália, assim como em outros lugares no mundo, deve dar o pontapé inicial às suas buscas através de um currículo completo e bem redigido. Depois de muitos anos no mercado de trabalho brasileiro, muitas vezes em mais de um local de trabalho, é normal adquirirmos experiência também na preparação do curriculum vitae, melhorando sempre o nosso histórico e dando destaque às informações mais importantes e relevantes do nosso perfil profissional. 
     No entanto, quando chegamos em um outro país, além de todas as diferenças que circundam a questão do trabalho (língua, jornada de trabalho, leis trabalhistas e até profissões e cursos profissionalizantes diferentes), devemos nos adaptar também ao modo como vamos “vender nosso peixe”. Preparar um bom currículo, completo e bem escrito, que nos possa abrir as portas no mercado de trabalho estrangeiro é uma regra básica para quem almeja uma nova oportunidade em um novo país.
     O modelo de currículo italiano é muito diferente daquele brasileiro, apesar de terem a mesma finalidade. A diferença é que por aqui existe um “currículo padrão” usado em toda a Europa. Se você está pensando em começar uma carreira em um dos países da União Europeia, fique atento a esta dica!
Trecho de currículo em formato padrão em italiano.
Europass: padronização dos currículos na União Europeia 

     A ideia de padronizar o currículo na UE começou em 1998 quando a Comissão Europeia e a Cedefop (Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional) criaram um forum que elaborou - entre outros documentos voltados para o perfil profissional e de instrução dos cidadãos europeus-, o modelo de currículo que hoje é usado por todos que por aqui estão em busca de um trabalho. 
     Desde então, ao longo dos anos, o modelo padrão ali criado passou por modificações e melhorias, visando sempre a otimização do cv de quem está em busca de um novo emprego.

     IMPORTANTE: Se você vai redigir seu currículo para entregá-lo aqui na Itália, lembre-se que, em função da lei italiana sobre a privacidade dos dados pessoais, eles devem estar assinados na última página, abaixo de todos os dados pessoais, onde devemos também escrever 
Autorizzo il trattamento dei miei dati personali, ai sensi del D.lgs. 196 del 30 giugno 2003”; assim, autorizamos à pessoa que vai receber nosso currículo o acesso aos nossos dados pessoais ali contidos. Pode parecer estranho (afinal, se entregamos um currículo é porque queremos fornecer nossas informações a quem vai recebê-lo), mas sem esta declaração e sem a nossa assinatura, o cv não pode ser usado e vai direto para a lixeira.


     O modelo padrão de currículo europeu está disponível em diversas línguas dos países membros do bloco e pode ser baixado gratuitamente no site oficial da Europass, que você acessa clicando aqui. Vale lembrar que o cv disponível no site vem com as instruções para preencher o documento de forma adequada.


     Continue acompanhando o nosso para mais informações sobre trabalho e formação profissional na Itália!
     Dúvidas? Escreva para nós!

martedì 5 luglio 2016

Dica de site para aprender italiano: Italian for my Girlfriend

     Hoje o nosso blog traz uma dica especial para quem quer começar a aprender ou já estuda a língua italiana.
Estes e outros cartões você encontra no site Italian for my Girlfriend
     Sabemos que para dominar um idioma é preciso conhecer muito de seu vocabulário, mas como memorizar tantas palavras? A criadora do site Italian for my Girlfriend (Italiano para minha namorada) teve uma ótima ideia! Ela cria desenhos aos quais estão relacionadas diversas palavras: cada desenho, um novo vocábulo italiano e a sua tradução em inglês.
"Mordida"
     A italiana Rosangela Ludovico, ilustradora e autora do projeto, conta em seu site que teve a ideia de criar os cartões com desenhos para que sua namorada, Denise, falante de língua inglesa, pudesse memorizar e aprender sempre novas palavras.
"Milho"
     De forma divertida e criativa, desde 2013 Rosangela cria os cartõezinhos com novas palavras e expressões idiomáticas com desenhos que ajudam a memorizar o que aprendemos, brincando e quase sem perceber. Quem acompanha o trabalho e é falante de uma terceira língua (como nós, lusófona), a iniciativa ajuda até no aprendizado do inglês!
Além de vocebulário, aprendemos expressões idiomáticas do italiano!
     Acesse o site Italian for my Girlfriend, acompanhe o trabalho de Rosangela e enriqueça seu vocabulário!



venerdì 24 giugno 2016

Conheça Nórcia, cidade de S. Benedito e da norcineria

     Existem algumas cidadezinhas na Itália que fogem das listas de referências turísticas. São aquelas que não aparecem nos panfletos de agências de viagem e nem de longe são destino certo para os turistas que vêm visitar o país. No entanto, estas cidades guardam grandes surpresas para quem decide fugir do senso comum e visitar lugares particulares e inusitados.
     Assim é Nórcia, localizada na província de Perugia, região da Úmbria, que desponta como uma cidadezinha murada e guarda em seu interior detalhes que misturam tradição e cultura da Itália. Com cerca de 5.000 habitantes, está situada próxima aos Apeninos da Úmbria e também ao Parque Nacional Monti Sibillini.

A praça central de Nórcia: o palazzo comunale,
a igreja de S. Benedito e a estátua ao patrono da cidade.
     Terra natal de São Benedito, que ali nasceu no século V d.C., e a quem é dedicada a praça central da cidade, Nórcia tornou-se um dos centros intelectuais da Igreja no final do século XVII.
São Benedito, patrono de Nórcia 
     Devido ao talento dos nursini (gentílico de quem nasce em Nórcia) na criação de suínos e no trabalho de sua carne, a cidade é referência para quem gosta de salames e linguiças, a ponto de existir, na língua italiana, a palavra norcineria, que designa o local onde se produz e onde se vende a carne de porco trabalhada por um norcino, profissional (quase artesão) que produz os ensacados. O sucesso com a manipulação de carnes data do período medieval, quando na cidade foi instalada a chamada Escola Cirúrgica por parte da Igreja Católica, que permitiu seu acesso a muitas pessoas (e não mais somente àqueles ligados ao clero).
A clássica norcineria e a produção de ensacados.

     Na entrada da cidade murada é possível ler “VETVSTA NVRSIA”, inscrição latina que significa “velha Nórcia”, em referência às origens clássicas do local que ao longo do tempo sofreu diversos abalos sísmicos e terremotos, fator que influenciou sua arquitetura característica de edifícios que, por lei, não podem ultrapassar três andares de altura.
A entrada da cidade de Nórcia.
     Nórcia, localizada próxima a cidades famosas como Assis e Spoleto, vale – e muito! - a visita. Se decidir conhecer este local tão tradicional, não deixe de comer um dos pratos da cozinha nursina, que são praticamente um dos patrimônios da cidade.


giovedì 26 maggio 2016

Conheça a Itália: Siena, a cidade do Palio

     Está na hora de viajar pela Itália! Que tal começarmos por uma região considerada por muitos a mais bela da nossa península?
Chianti (Siena), região toscana famosa por sua produção de vinhos.
     A região da Toscana é conhecida por seu esplêndido relevo com colinas de variadas tonalidades de verde, ciprestes, casas isoladas e veredas de areia e terra clara, típico cenário de cartões postais. Tudo isso, obviamente, banhado pelo sol que dá uma cor de puro ouro à paisagem. Mas há um ponto nesta região tão colorida que contrasta com os tons da natureza.
Vista panorâmica de Siena.
       A cidade de Siena, com seus tijolos e construções marrons – cor de terra e barro, para ser mais exata -, desponta entre as colinas da província homônima e é impossível não pararmos para contemplar tamanha beleza. Suas nuances são tão características que existe, oficialmente, uma cor chamada Terra di Siena, assim denominada por ser a cor da terra extraída nas proximidades de Arcidosso que, apesar hoje fazer parte da província de Grosseto, era território da República de Siena na Idade Medieval, período em que o nome foi dado àquela terra.
Via dei Rossi, localizada no centro de Siena.
     Inserida na lista de Patrimônio da Humanidade em 1995, a cidade de Siena tem aproximadamente 50 mil habitantes.  É praticamente impossível pensar nesta cidade sem se lembrar do famoso Palio di Siena, corrida de cavalos na qual o vencedor não é o ginete, mas o próprio cavalo, que pertence a uma contrada, subdivisão da cidade (histórico) que hoje é representada por grupos que competem no Palio. Ao todo, são 17 contrade. Apesar dos vários protestos por parte de protetores de animais, o Palio continua acontecendo duas vezes por ano.

O que visitar em Siena?

     Para os turistas que vêm a Siena pelo menos dois pontos turísticos devem ser visitados: a Pizza del Campo, localizada no centro histórico da cidade, e o Duomo di Siena, também chamado Catedrale Metropolitana di Santa Maria Assunta.
     A Piazza del Campo é o local onde ocorre o Palio do qual falamos antes. Muito original, seus contornos lembram aqueles de uma concha e seu nome (em português, Praça do Campo) deve-se ao fato que, antes de ser coberta por tijolos (o processo de pavimentação começou em 1327 e terminou 22 anos depois), era um campo propositalmente inclinado para que as águas da chuva pudessem escoar por ele. Na piazza, entre outros prédios, é possível ver o Palazzo Comunale, sede administrativa da cidade cuja construção nos remete ao final do século XIII, início do XIV, e se dá em tijolos e mármore, a Fonte Gaia (gaia = alegre, contente) e a Torre del Mangia, de quase 90 metros de altura, datadas do século XIV.
Piazza del Campo, centro de Siena.
     A poucos passos da Piazza del Campo está o Duomo di Siena, cuja construção teve início no século XIII. A parte interna do Duomo é repleta de obras de arte, inclusive de artistas consagrados como Michelangelo e Bernini, e além da catedral é possível conhecer o Battistero di San Giovanni e a famosa Libreria Piccolomini.
Duomo di Siena

     Ficou interessado? Saiba mais sobre o Duomo e como fazer para visitá-lo no site. Clique aqui.

     O que vimos até agora foi só uma palhinha de tudo que Siena tem para oferecer. Acompanhem o blog para sabe rmais sobre esta cidade que transborda história e cultura.
     Arrivederci!


venerdì 13 maggio 2016

Mangiare all’italiana – Como são os italianos à mesa?

    Os brasileiros são assim: colocam tudo no prato – arroz, feijão, carne, verdura, salada- e comem. No máximo separam a salada num pratinho de sobremesa. Mas aqui na Itália a história é outra e comer é um ritual.
     Lembro que pouco tempo antes de vir para cá uma amiga me disse: na Itália, tudo é uma desculpa para pôr os pratos na mesa. Os pratos, as panelas, as travessas... tudo.
     A primeira vez que almocei na casa de uma família italiana me sentei à mesa e vi que tinha um salaminho, azeitonas, funghi, pão. “Um entradinha”, pensei. Depois, chegou a pasta. Pensei “ah, agora sim!”. Quando achei que já tinha acabado de almoçar, eis que chega a carne, acompanhada de verdura, salada, queijo, mais pão, azeite, mais verdura... Tudo regado a muito vinho! Uma pena que esqueci que tinha de deixar um espacinho para a sobremesa... mas como barriga de quem come na Itália é como coração de mãe – sempre tem espaço para mais alguém-, fiz um esforço e aproveitei o docinho. Só não bebi o café porque não queria exagerar... :D
     A verdade é que na Itália cada tipo de alimento tem seu prato e sua vez, e eles não se misturam. Confira abaixo quais são as etapas a serem respeitadas na hora de comer à moda italiana:

Antipasto
     Aquela tábua de salames e presuntos, queijos (às vezes com mel), azeitonas, figo, melão, alcachofras no azeite, biscoitinhos salgados, crostini (torradinhas com patê, às vezes de fígado, funghi ou repolho roxo).
Antipasto com queijos, crostini, salames, tomate, crostini e azeitonas pretas.
Primo Piatto (Primeiro Prato)
     Risotos, massas, sopas, caldos.
Risotto di zucca (risotto de abóbora).
Secondo Piatto (Segundo Prato)
     Carnes, frangos, peixes.
Tagliata di manzo con patate arroste (carne de boi fatiada com batatas assadas).
Contorno
     Feijões, lentilhas, verduras, legumes, salada (sim, aqui a salada é servida no final).
Fagiolini al pomodoro (vagem com tomate refogado).
Dolce 
Sobremesas doces.
Semifreddo al caffè.
Frutte (Frutas)
Frutti di bosco (frutas vermelhas).
Caffè (Café)
Caffè espresso: um dos símbolos da cultura italiana.
Liquore (Licor)
 O clássico Limoncello: licor feito com a casca do limão siciliano.
Então, já sabe: quando vier à Itália, siga o ritual e não resista às tentações. Não pule as etapas e experimente todos os pratos!
 Ficou com fome? Continue acompanhando o site para ver receitas e dicas de vinhos e gastronomia!



venerdì 22 aprile 2016

Italiano autodidata – dicas de material para aprender italiano

     Muita gente me pergunta quais são os melhores materiais para aprender a língua italiana ou pede dicas de sites para praticar o idioma. Muitas pessoas me questionam inclusive sobre a dificuldade ou facilidade da língua. 

     Considerando que o italiano é um idioma que se desenvolveu do latim, como o português, existe uma grande proximidade entre estas duas línguas; isso não quer dizer que o italiano seja fácil, muito menos que basta gesticular um pouco e falar cantando para se comunicar, ou ainda pensar que enrolando o português sai um pouquinho de italiano. Esta é uma língua que tem seu próprio vocabulário, sua própria gramática, é complexa e particular.
     Porém, como disse no início, é um idioma próximo ao nosso. Isso quer dizer que muitas estruturas se assemelham (outras nem tanto), vocábulos também, sons, aspectos culturais e outros, o que facilita o estudo autodidata do italiano para os brasileiros.

     Abaixo, listo alguns sites e materiais que costumo indicar aos estudantes, com diferentes métodos de aprendizagem. São eles:
1. DUOLINGO (Método: online / Nível: elementar; básico)     
           Ideal para quem está começando, o Duolingo pode ser explorado para quem quer conhecer as estruturas básicas da gramática e para quem precisa de muito, mas muito vocabulário inicial. Traz uma enxurrada de exercícios divididos por temas. Vale muito a pena para quem está começando! Clique aqui para acessar o site.
       

           2.  GRAMMATICA ESSENZIALE DELLA LINGUA ITALIANA (Método: livro - autodidata / Nível: básico)
     O livro é muito prático e fácil de entender: em uma página, a explicação clara e detalhada de um tema da língua; na página seguinte, exercícios sobre aquele tema. Assim, passo-a-passo o estudante vai aprendendo e praticando. Indico este material para quem conhece pouco vocabulário, não só por que o livro utiliza linguagem simples para as explicações e exercícios mas também por que apresenta muitas palavras novas para quem está estudando.
     Autor: Marco Mezzadri. Publicação: Guerra Edizioni



          3.  GRAMMATICA PRATICA DELLA LINGUA ITALIANA (Método: livro - autodidata / Nível: intermediário)
     Um material que se assemelha muito com o do item 2. Esta grammatica segue o mesmo ritmo da maioria dos materiais autodidatas: explicação em uma página, exercícios na página seguinte. O livro cobre praticamente todos os temas da gramática sem ser cansativo ou redundante, além de disponibilizar a solução dos exercícios nas últimas páginas. Este material indico para quem já tem um conhecimento básico de vocabulário mas também para quem já está familiarizado com noções básicas da gramática.
     Autores: Susanna Nocchi e Roberto Tartaglione. Publicação: Alma Edizioni.


        4. COLEÇÃO ALMA EDIZIONI: (Método: livro - autodidata / Nível: avançado; fluente)
     Esta é a coleção que complementa o material do item 3. Aqui, existe um livro específico para cada tema: preposições, verbos, pronomes etc. Segue o mesmo modelo de didática dos dois materiais citados anteriormente: explicação e exercícios. Ideal para quem já tem um bom conhecimento de gramática e também de vocabulário, pois estes livros vão aprimorar o conhecimento de quem já fala italiano, ainda que em níveis não fluentes.
     Clicando aqui você confere todos os títulos da coleção diretamente do site da editora (em italiano).


         5.  IMPARIAMO ITALIANO (Método: online / Nível: básico, intermediário, avançado)
     A página do Impariamo Italiano traz textos, vídeos didáticos, exercícios de gramática e léxico, jogos interativos e até mesmo um chat onde todos falam italiano, tudo voltado para o aprendizado da língua. Além de prática do idioma, o estudante também pode aprender muito sobre cultura italiana de modo rápido e eficaz. O site oferece a correção dos exercícios imediata e também o percentual de acertos de cada atividade. Nele, encontramos desde questões básicas do italiano, como o uso de artigos e conjugação verbal elementar, 
até questões avançadas, como expressões idiomáticas e vídeos para compreensão oral. Vale a pena praticar! Para acessar o site, clique aqui.

 
         6.  SGRAMMATICANDO (Método: online / Nível: intermediário; avançado)
     O Sgrammaticando é uma canal no youtube de videoaulas criado com o intuito de ajudar os estrangeiros a entender e a aprender melhor a língua italiana. A instrutora Fiorella apresenta vídeos curtos onde explica expressões idiomáticas, aspectos da gramática e até vídeos onde fala sobre os erros mais comuns do idioma. Inscrever-se no canal e acompanhar os vídeos é uma sugestão mais que bem-vinda para quem quer aprender cada vez mais o italiano. Os vídeos são todos em italiano, mas quem tem um conhecimento elementar ou básico da língua também consegue acompanhar.
     Clique aqui para acessar o canal Sgrammaticando.


         7.  DIRE, FARE, PARTIRE! (Método: online / Nível: básico; intermediário)
     O projeto da USP, coordenado pela Profa. Dra. Paola Baccin, que gentilmente nos concedeu uma entrevista na qual falava sobre o programa na semana passada (você pode conferir a entrevista clicando aqui) visa levar aos estudantes que estão fora da sala de aula um material de apoio para o estudo do italiano. O projeto já está em sua segunda fase e seu conteúdo corresponde às disciplinas da habilitação em língua italiana da Faculdade de Letras da USP. O acesso ao material é gratuito. Clique aqui e acesse o site do projeto.


         8.  ONE WORLD ITALIANO (Método: online / Nível: básico; intermediário)
     Também é um canal de videoaulas de língua italiana, com vídeos mais longos que o citado no item 6. A instrutora Veronica fala em um ritmo tranquilo, o que possibilita a compreensão até para quem tem pouco conhecimento ou pouca prática de compreensão oral.  Aborda vários temas de gramática e vocabulário de modo dinámico e divertido. Clique aqui para acessar o canal OneWorldItaliano.

         9.  IO PARLO ITALIANO – CORSO DI ITALIANO PER IMMIGRATI / RAI EDUCATIONAL (Método: online / Nível: básico)
     Este é um projeto que visa ensinar a lingua italiana para imigrantes e estrangeiros que chegam na Itália e precisam aprender o idioma. Realizado pelo Ministero della Pubblica Istruzione em colaboração com a Rai Educational e outros, o projeto oferece videoaulas em um curso de 40 aulas.      No site do projeto, que você pode acessar clicando aqui, é possível também baixar o material de estudo.

       10.  ADG BLOG (Método: Online / Nível: básico, intermediário e avançado)
     Blog com muitos, mas muitos artigos para o estudo da língua italiana e também sobre questões culturais e temas vários. Ideal para quem está começando ou para quem já tem grande conhecimento do idioma. O blog possibilita o aprendizado de gramática, vocabulário e sobretudo a prática da leitura em italiano, além de oferecer mutios exercícios com correção. 
     Clique aqui para acessar o blog.



     Acompanhe nosso blog para mais dicas de materiais para aprender italiano!

     Dúvidas ou sugestõoes? Escreva para nós! 





mercoledì 13 aprile 2016

Entrevista com a Profa. Dra. Paola Baccin, da USP, sobre o projeto Dire, Fare, Partire!

       Uma ideia. Uma equipe. Um projeto.

     25 mil fãs no facebook e mais de 2 milhões de acessos no portal e-aulas da USP.
     Assim se resume em poucos números e palavras o projeto  Dire, Fare, Patire!, uma produção do  Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Italianas e da Área Didática em Língua e Literatura Italiana da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo em parceria com o Departamento de Mídias Digitais da USP, que começou com a intenção de elaborar um conteúdo para servir de material de apoio para os estudantes brasileiros de língua italiana e que se tornou referência para quem quer aprender o idioma. Em pouco tempo, o conteúdo rompeu as barreiras da sala de aula e chegou até os estudantes que, por qualquer motivo, não podem frequentar um curso de língua italiana.
     Não é difícil receber a indicação do projeto, lançado em outubro de 2014, quando queremos conhecer novos métodos e materiais para aprender italiano. As diversas etapas do programa estão relacionadas às disciplinas da habilitação em Língua Italiana do curso de Letras da USP.
     Hoje o Blog Destino: Itália! entrevista a Profa. Dra. Paola Baccin, coordenadora didática do Dire, Fare, Partire!, que nos conta como nasceu o programa e as novidades que estão por vir. Confira!

  

    Blog Destino: Itália!: Como surgiu o projeto Dire, Fare, Partire?
     Profa. Dra. Paola Baccin: Dire, Fare, Partire nasceu da necessidade de elaborar um material didático específico para o aluno brasileiro. Professores e alunos brasileiros conhecem bem as dificuldades específicas desse processo, no entanto, nem sempre essas dificuldades são sistematizadas e estudadas de modo a compor, como resultado final, um material didático que as contemplem, sobretudo nos níveis iniciais. Há elementos da língua e da cultura italiana que, para o aluno brasileiro, que não tem a oportunidade de conviver com italianos ou de estar em locais na própria Itália, são muito mais difíceis de serem compreendidas. O recurso audiovisual, desenvolvido pela equipe do Departamento de Mídias digitais da USP, permite aliar o conhecimento pedagógico e didático de ensino de italiano para estrangeiros a uma linguagem dinâmica, estudada para ser acessível, agradável e, assim, a atingir o público de maneira ampla e eficaz. 

   EQUIPE que está realizando a segunda temporada e sem a qual nada seria possível: 
   Sandra Gazzoni: doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Italiana - USP, colaboradora e atriz da série.
   Darius Emrani: doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Língua, Literatura e Cultura Italiana - USP, colaborador e ator da série.
   Quelany Vicente: formada no Curso Superior de Audiovisual da Escola de Comunicações e Artes da USP e pós-graduada em Guión de cine iberoamericano da FIA – Espanha. Diretora, co-criadora e co-roteirista.
    Fernanda Frasca: formada no Curso de Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da USP. Produtora.
    Thaisa Oliveira: formada no Curso Superior de Audiovisual da Escola de Comunicações e Artes da USP, diretora de fotografia.
   Tatiana Otaka: formada no Curso Superior de Audiovisual da Escola de Comunicações e Artes da USP, diretora de arte.

     BDI: Sabemos que o Dire, Fare, Partire já chegou na Itália e que uma parte do material foi produzida aqui. Qual a importância deste passo para o projeto?
     PB: Na primeira temporada (Dire, Fare, Partire!) acompanhamos Tarcísio, um jornalista brasileiro, que se prepara para ir à Itália. Na segunda parte, Tarcísio vai a Bologna e vive, situações de interculturalidade e de uso da língua real. Essa parte foi planejada e roteirizada pela equipe de áudio visual de maneira independente, com ajuda de um financiamento coletivo, com apoio da FIBRA, da Universidade de Bologna, do Centro Culturale Italiano (CCI) de Atibaia e da FFLCH-USP. A equipe captou cerca de 14 horas de material em vídeo, em que Tarcísio vive situações do cotidiano italiano em Bologna e documentários sobre a Universidade de Bologna, a Universidade mais antiga do mundo; por meio da inestimável colaboração da Professora Carla Salvaterra pudemos realizar gravações no Arquiginásio, o primeiro prédio universitário do mundo e sua sala anatômica; em museus da universidade e realizar um episódio sobre a Cineteca de Bologna. A equipe doou esse material captado para a USP que, agora, conta com um rico material em vídeo que será didatizado, complementado com explicações teóricas, editado e finalizado.A didatização desse material ajudará o aluno brasileiro a se aproximar dos problemas reais de comunicação intercultural de um brasileiro na Itália, não apenas de maneira teórica, mas, pela observação, compreender o mecanismo de conhecer a si mesmo para conhecer o outro.
     BDI: O Brasil é um país que recebeu um imenso número de imigrantes italianos que fincaram suas raízes nestas terras e tiveram seus filhos aqui, sobretudo no Sudeste e no Sul do país. Sabendo que a tradição italiana faz parte da nossa realidade, como a cultura da Itália, e sobretudo o idioma italiano estão relacionados com a vida do brasileiro, em sua opinião?
      PB: Escolhemos Tarcisio e Marcelo como nossos protagonistas pensando em representar os descendentes de italianos que além de estudar o idioma por motivos de trabalho, buscam conhecer melhor as próprias origens. Tarcísio é neto de italianos do Veneto (por parte de pai) e da Basilicata (por parte de mãe) e aos poucos vai descobrindo a história de sua família com ajuda de Elisa, sua amiga de Bologna. Na série percebemos que há muitas semelhanças entre a cultura brasileira e a italiana, mas há, sobretudo diferenças, inclusive fruto da adaptação da cultura italiana no Brasil. Tarcísio descobrirá isso, na Itália, na segunda temporada, com ajuda de Elisa, de seu primo italiano e pela sua observação.
     BDI: A fanpage do projeto conta com mais de 24 mil curtidas -ou, como dizemos em italiano, “mi piace”! Quando o Dire, Fare, Partire foi criado, já se esperava este alcance e sucesso? Como tem sido o retorno dos estudantes e dos seguidores?
      PB: O material foi elaborado, primeiramente para os alunos que estudam italiano, como material de apoio, como uma alternativa ou complementação ao livro didático utilizado na sala de aula, com mediação de um professor.
   Para nossa surpresa e alegria, percebemos que muitas pessoas que tinham o interesse na língua italiana, mas que não tinham oportunidade de frequentar o curso, começaram a utilizar o material para autoaprendizagem. O portal eaulas registrou até fevereiro desse ano mais de 2 milhões e 200 mil acessos e nossa página chegou a 25.000 seguidores.
Esperamos que o material possa ajudar a todos a ter o primeiro contato com a língua italiana e por isso também, procuramos manter a nossa página Facebook atualizada com notícias e curiosidades sobre a língua e sobretudo sobre a cultura italiana.
     BDI: Quais são os próximos passos e o que podemos esperar da continuação do programa?
      PB: O sucesso do material nos estimula sempre a continuar. A meta prevista na campanha do financiamento coletivo era o de realizar 6 vídeos, realizamos 16 vídeos, trabalhando muito mais horas do que havíamos previsto. Toda a equipe estava muito motivada e não queria perder a oportunidade de realizar o máximo com o mínimo de recursos que tínhamos à disposição.
   Agora estamos fazendo a edição dos vídeos, mas precisamos buscar mais financiamentos, porque a edição prevista de 6 vídeos teve de ser redimensionada para 16 vídeos.
   Ao mesmo tempo estamos elaborando as apostilas, os exercícios online e faremos uma experiência de utilização desse material em um curso à distância mediado por um tutor e futuramente esse curso será realizado com parecerias das Universidade Federais que também têm cursos de língua e literatura italiana.
   Agradeço muito a oportunidade de apresentar o nosso trabalho e em nome de toda a equipe convido-os a conhecer o tutorial, clicando aqui.


     Todo o material do projeto Dire, Fare, Partire! é gratuito. Para acessar o site, clique aqui.
     Agradecemos à Profa. Dra. Paola Baccin por tão gentilmente nos conceder esta entrevista. 

     Arrivederci!

martedì 5 aprile 2016

A deliciosa pasticceria italiana – parte 1

     Que a gastronomia italiana é uma referência mundial e que é considerada uma das melhores e mais tradicionais, ninguém tem dúvida. Se pensarmos em comida italiana, logo nos vêm à mente pratos de massas, molhos suculentos, carnes exóticas, salames e queijos dignos de um aplauso. Mas depois da bonança, vem a sobremesa.
     Para começarmos a nossa série de artigos sobre a cozinha italiana, vamos inverter a ordem natural das coisas e ir direto ao ponto: os doces italianos, principalmente aqueles que encontramos nos bares e doçarias, são verdadeiras obras de arte. Vale lembrar que estes docinhos maravilhosos não são apenas un dolce, mas também uma pasta, carinhosamente chamados de “pasticcino” em italiano.

1.      Babà al rum
Babà al rum con panna montata (chantilly) e frutas
     Pode ser recheado ou não. Este doce, que antes de ser servido geladinho é mergulhado no rum, é o número 1 da minha lista di pasticcini italianos. Geralmente se recheia com chantilly e frutinhas ou creme de chocolate. Não importa: depois do primeiro, você vai virar fã!
2.      Bignè
Bignè recheado com crema chantilly
     Doce de origem francesa, mas que marca presença nas prateleiras italianas. Não tem como entrar em uma pasticceria e não ver o bignè ali, piscando para você. Admite recheios de crema chantilly, crema al cioccolato, nocciolata (à base de nozes), de café, enfim... são muitos sabores para escolher e eu acho que vale a pena experimentar um de cada um!
3.      Crostata
Crostata com geleia de ameixa
     Recheada de marmelada de frutas ou de Nutella, a crostata não deixa dúvidas na hora de decidir se comer mais um pedaço ou não. As frutas mais usadas para a geleia do recheio são amora, damasco e ameixa, mas a criatividade é um pássaro livre e vale a pena pedir uma crostatina para acompanhar aquele cappuccino quentinho no fim da tarde.
4.      Occhio di bue
Occhio di bue com geleia de damasco
     Em tradução livre, olho de boi. Mas não se deixe enganar: o occhio di bue é um par de biscoitinhos redondos recheados de geleia de frutas e, na maioria das vezes, coberto por açúcar de confeiteiro. É incrível como a marmelada que os italianos usam para rechear as paste ficam brilhantes; efeito que te convida a repetir mais uma vez!
5.      Cenci
Cenci de carnaval
     Docinho típico da época de carnaval, os cenci (cencio significa ‘pano’ em português) parecem de fato pedaços de tecido enrolados um no outro. Cobertos por açúcar de confeiteiro, são perfeitos para receber uma colherada de Nutella.Os cenci, que em outras regiões da Itália que não a Toscana recebem o nome de bugie (mentiras), chiacchiere (conversas), entre outros, têm origem na Roma antiga. Se duraram tanto tempo na história, a gente já imagina o porquê, né?
     Bônus: Panforte Senese
Panforte com castanhas
      O panforte é um doce típico do Natal, mas em Siena a gente encontra esta delícia o ano inteiro. Pense em uma receita que leva tudo: castanhas, figo, açúcar, laranja, amêndoa, cidra e, entre outras coisas, temperos. Sim, temperos. Coisa comum é você estar comendo seu panforte e encontrar uma pimentinha pelo caminho. Também coberto por uma camada generosa de açúcar de confeiteiro, não pode faltar depois de uma refeição.
     Portanto, quando vier à Itália -ou se já estiver aqui-, não deixe de passar em uma pasticceria e, junto ao seu espresso ou cappuccino, degustar uma destas delícias. Seu paladar agradece!

     Gostou de nossos doces? Qual deles você já experimentou e recomenda?
     Continue acompanhando o nosso Blog para ver a segunda parte deste artigo!


     Arrivederci!